É preciso ser cego,
ou ter os olhos cheios de vidro em pó,
cal viva,
areia fervente,
para não ver a luz que ressalta dos nossos actos,
que nos ilumina por dentro a língua,
nossa diária palavra.
É preciso querer morrer sem rasto de glória e alegria,
sem participar nos hinos futuros,
sem lembrança dos homens que julgarem
o passado sombrio da terra.
É preciso querer já em vida ser passado,
obstáculo sangrento,
coisa morta,
seco olvido.
Rafael Alberti
De un momento a otro
(1932-38)
Tradução A.M.
Mostrar mensagens com a etiqueta rafael alberti. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta rafael alberti. Mostrar todas as mensagens
Canção de amor
Amor, deixa-me ir,
deixa-me morrer, amor.
Tu és o mar e a praia.
Amor.
Amor, deixa-me viver,
não me deixes morrer, amor.
Tu és a minha luz escondida.
Amor.
Amor, deixa-me amar-te.
Abre as fontes, amor.
Quero beber-te com os lábios.
Amor.
Amor, está a anoitecer.
Dormem as flores, amor,
e tu estás amanhecendo.
Amor.
Rafael Alberti
Tradução A.M.
deixa-me morrer, amor.
Tu és o mar e a praia.
Amor.
Amor, deixa-me viver,
não me deixes morrer, amor.
Tu és a minha luz escondida.
Amor.
Amor, deixa-me amar-te.
Abre as fontes, amor.
Quero beber-te com os lábios.
Amor.
Amor, está a anoitecer.
Dormem as flores, amor,
e tu estás amanhecendo.
Amor.
Rafael Alberti
Tradução A.M.
Subscrever:
Mensagens (Atom)