O poeta não dorme:
viaja pela corda do tempo.
O poeta é feito de memória:
por isso o desfaz o esquecimento.
O poeta não descansa:
o tempo o desgasta
para comprovar que existe.
Francisco Hernández
En las pupilas del que regresa
(1991)
Tradução A.M.
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Até o verso ficar
Tirar a carne, toda,
até o verso ficar
com a sonora escuridão do osso.
E o osso desbastá-lo, poli-lo, aguçá-lo
até converter-se em agulha tão fina,
que perfure a língua sem dor,
apesar de o sangue entupir a garganta.
Francisco Hernández
Tradução A.M.
até o verso ficar
com a sonora escuridão do osso.
E o osso desbastá-lo, poli-lo, aguçá-lo
até converter-se em agulha tão fina,
que perfure a língua sem dor,
apesar de o sangue entupir a garganta.
Francisco Hernández
Tradução A.M.
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