Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei a abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema
Kahlil Gibran
Areia e Espuma
Coisas de Ler, 2002
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uma vez conheci um homem
Uma vez conheci um homem
cujas orelhas eram excessivamente finas, mas que era mudo
Tinha perdido a língua durante um combate.
Sei agora que batalhas combateu o homem
antes de se abater o grande silêncio.
Sinto-me feliz por ele estar morto.
O mundo não é suficientemente grande para nós os dois
Durante muito tempo fiquei deitado na poeira do Egipto,
silencioso e insensível às estações.
Depois o sol deu-me vida e eu levantei-me
e caminhei sobre a margem do Nilo.
Cantando o dia e sonhando a noite.
E agora o sol deixa-me novamente
deitado na poeira do Egipto.
Admirai esta maravilha e este enigma!
O mesmo sol que me juntou não me pode dispersar
Ainda estou de pé e percorro as margens do Nilo
A recordação é uma forma de reencontro.
O esquecimento é uma forma de liberdade.
Kahlil Gibran
Areia e Espuma
Coisas de Ler, 2002
cujas orelhas eram excessivamente finas, mas que era mudo
Tinha perdido a língua durante um combate.
Sei agora que batalhas combateu o homem
antes de se abater o grande silêncio.
Sinto-me feliz por ele estar morto.
O mundo não é suficientemente grande para nós os dois
Durante muito tempo fiquei deitado na poeira do Egipto,
silencioso e insensível às estações.
Depois o sol deu-me vida e eu levantei-me
e caminhei sobre a margem do Nilo.
Cantando o dia e sonhando a noite.
E agora o sol deixa-me novamente
deitado na poeira do Egipto.
Admirai esta maravilha e este enigma!
O mesmo sol que me juntou não me pode dispersar
Ainda estou de pé e percorro as margens do Nilo
A recordação é uma forma de reencontro.
O esquecimento é uma forma de liberdade.
Kahlil Gibran
Areia e Espuma
Coisas de Ler, 2002
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