e do processo da tua transformação em sítio absoluto
quanto te vi pela primeira vez, já te tinha imaginado, por isso o
momento assumia a forma de um reencontro
esquecera todas as palavras, mas necessitaria de as reaprender
porque estava de novo só e sem salvação, tudo vivia carregado
da realidade absoluta que é o acontecimento. Eu tornara-me a
tua repetição, um animal da tua sombra
percorrera-te até ao limite, o que me ficara desse percurso:
nada: e um único nome para ele: deus. Os espelhos não me re-
conheciam.
Rui Nunes
Osculatriz
Relógio D´Água, 1992
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