Poucas as palavras, pequenos seus desígnios,
nomeiam sempre realidades banais,
triviais signos, factos consumados,
e, ao fundo, sórdida presença da morte.
Ofício melancólico, construir estas grades,
estas escassas lápides do tempo que nos passa,
ofício de suicidas, tentar reter
o rasto da luz em sílabas de sombra.
Juan Luis Panero
Poemas
Relógio D`Água, 2003
Tradução e prefácio de Joaquim Manuel Magalhães
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