O sistema é hidráulico.
Agora somos verdeiramente peixes
na balança. O ariete
sumiu-se na muralha levadiça dos dentes:
é um pistão embraiando o ágil inimigo.
Esta é a besta de dois costados
ou o funcionalismo de Kafka. As patas
dianteiras não têm uso,
a máquina ignora o futurismo.
Tento um golpe baixo e absorvo a água.
Ganha o peixe que primeiro exaura
toda a água ao outro.
Daniel Jonas
Os fantasmas inquilinos
Livros Cotovia, 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário