És de certeza um grande Deus
A meus olhos nenhum se te compara
Estás ainda coberto de terra e de sangue acabas de criar
És um velho camponês ignorante
Para te refazeres comeste como um porco
Marcado de nódoas de homem
Vê-se que te encheste até às orelhas
Já não ouves nada
Olhas-nos de soslaio do fundo duma concha
A tua criação diz-te mãos ao ar e ainda ameaças
Metes medo deslumbras
André Breton
poemas
Assírio & Alvim, 1994
Tradução de Ernesto Sampaio
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