Parménides

A verdade é uma deusa que ensina o caminho aos errantes.
Se há-de ser necessária a luz antes há-de não ser de noite.
O olvido é a presença aparente do que ainda não existe.
A deusa habita o círculo da benevolência, é piedosa.
O feminino é a roda de um carro, o masculino a outra.
Eu sou duas semelhanças paralelas de amor, dois infinitos.
Não sei se pensam ou padecem as éguas, então duvido.
É mais justo o que nasce ou o que não pôde ser?
Quando morrer hei-de voltar ao tudo do nada. Estou contente.



Juan Carlos Mestre
Tradução A.M.

Sem comentários: