um canal de sangue e virtude.
Ligar o mundo pela fronteira incendiada,
destruída até ao raso chão.
Escutar. Rente ao chão depositar o rosto,
depois seguir caminho, como quem do chão
pede um segredo, uma verdade
num corpo e numa alma, como nos disse o vidente.
Assim deposito o rosto nesse chão
e escuto atentamente a anónima violência,
o metálico som da cidade.
Luís Quintais
Riscava a palavra
Livros Cotovia, 2010
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