O que de sublime e doloroso o tempo guarda
precisava disso de maneira que até é difícil
porque se sentia só nos campos
onde os outros triunfam
descia o sombrio, o nocturno atalho
assim chegava cedo de mais à beira não do fim
mas do informulável
para quem as nossas pequenas imposturas
são uma perda, um delito, uma culpa
José Tolentino Mendonça
A Noite Abre Meus Olhos
Assírio & Alvim, 2006
Sem comentários:
Enviar um comentário