Morte

Nem temor nem esperança assistem
Ao animal agonizante;
O homem que seu fim aguarda
Tudo teme e espera;
Muitas vezes morreu,
Muitas vezes de novo se ergueu.
Um grande homem em sua altivez
Ao enfrentar assassinos
Com desdém julga
A falta de alento;
Ele conhece a morte até ao fundo -
O homem criou a morte.



W. B. Yeats
Uma antologia
Assírio & Alvim, 1996
Tradução de José Agostinho Baptista

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