A minha intimidade é pequena
cabe na minha boca
e desliza por entre os dentes;

se a descubro a fingir que é saliva
engulo-a,
não quero vê-la alheia nas palavras
nem perdê-la com um beijo.



Ana Merino

Poesia Espanhola- Anos 90
Relógio D’Água, 2000
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães

Sem comentários: