A Belial

Quando no crepúsculo as velhas soluçam
acorres tu Belial
a apagar os pecados com uma esponja de vinho
e a converter em vinho o pão dourado
o pão que doura o sofrimento dos loucos
o amargo pão da morte
e escuto a vir os teus passos, a vir ajudar-me
e respondes, só tu respondes
a esse grito no quarto às escuras.


Leopoldo María Panero
Guarida de un animal que no existe
Visor Libros, 2000

Tradução A.M.

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