pela concha da orelha
pela membrana do tímpano
a melodia negra invade
o meu coração ímpio
não sei o nome da flor
que orna o cabelo dela
um distinto perfume flutua
no estio que o seu corpo exala
mas sejamos honestos isto não é
uma loa de al-Mu'tamid no séc. XI
em Silves num palácio de varandas
são talvez demasiadas cervejas
em copo de plástico
na Travessa da Espera
Miguel Manso
Quando Escreve Descalça-se
Livraria Trama, 2008
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