A tinta das canetas
Reflui de antipatia
E impregnadas, assíduas
Cambam as borrachas
Não há fita de máquina
Que o uso não esmague
O vaivém não ameace
De dessorar os textos
Mas a grafia nada diz
De pauses na cabeça
Vozes inarticuladas
Adensam, durante elas
Uma tempestade
Recôndita
E nubladas carregam-se
As suspensões
Encandeando em nós
O ritmo do presságio
sebastião alba
o ritmo do presságio
Edições 70
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