Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha arder
venha arder em nosso peito
E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece
E saiam todos os sóis
que apodreceram no céu
dos que não quiseram ver
- mas que saiam de joelhos
E das mãos que saiam gestos
de pura transformação
Entre o real e o sonho
seremos nós a vertigem
Alexandre O'neill
Poesias Completas
Assírio & Alvim, 2000
1 comentário:
Não podia pensar em melhor poema que este para ilustrar a nossa presente fase e futuros objectivos.
Viva o Tempo Novo
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