Paráfrase

Este poema começa por te comparar

com as constelações,

com os seus nomes mágicos

e desenhos precisos,

e depois

um jogo de palavras indica

que sem ti a astronomia

é uma ciência

infeliz.

Em seguida, duas metáforas

introduzem o tema da luz

e dos contrastes

petrarquistas que existem

na mulher amada,

no refúgio triste da imaginação.



A segunda estrofe sugere

que a diversidade de seres vivos

prova a existência

de Deus

e a tua, ao mesmo tempo

que toma um por um

os atributos

que participam da tua natureza

e do espaço criador

do teu silêncio.



Uma hipérbole, finalmente,

diz que me fazes muita falta.



Pedro Mexia
Avalanche
Quasi Edições, 2001



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