Ulula a tempestade
sob o céu carregado;
gémeas do inverno,
chuva e neve laceram-se.
Um árido deserto
é, no qual nós vivemos:
nem um arbusto, onde
possamos proteger-nos.
Frio aqui na pele,
a fome lá por dentro,
ambos os caçadores
apertam, inclementes;
e além o terceiro,
espingarda carregada.
Na branca neve, gota
de rubro sangue cala.
Temos frio, e fome,
flanco varado; em
nós a miséria toda...
Somos livres, porém!
sob o céu carregado;
gémeas do inverno,
chuva e neve laceram-se.
Um árido deserto
é, no qual nós vivemos:
nem um arbusto, onde
possamos proteger-nos.
Frio aqui na pele,
a fome lá por dentro,
ambos os caçadores
apertam, inclementes;
e além o terceiro,
espingarda carregada.
Na branca neve, gota
de rubro sangue cala.
Temos frio, e fome,
flanco varado; em
nós a miséria toda...
Somos livres, porém!
Peste, Janeiro de 1847
Petófi Sándor
Antologia da Poesia Húngara
Âncora Editores, 2002
Tradução de Ernesto Rodrigues
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