Mãe

Trago-te em mim como uma ferida
que não se fecha em minha fronte.
Nem sempre dói. E não se apouca
ao coração por ela a vida.
Só fico às vezes cego de repente e sinto
sangue na boca.



Gottfried Benn
50 poemas
Relógio D'Água, 1998
Tradução de Vasco Graça Moura

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