Quando nos encontramos tu esqueces-te de tudo
Depois aproximas-te do espelho:
vês homens antigos
homens do tempo de Homero que saem
sequiosos do Inferno.
Não reconheces ninguém.
Eles invocam fotografias - essa memória tem companhia.
Pedem uma refeição, jornais, a rádio.
Enchem a casa. Penduram-se nas janelas.
Bloqueiam a rua. Preenchem a cidade.
Tudo pára. As horas mudam.
A água esgota-se. Actualmente nós, os excluídos,
temos sede e eis o medo.
Sirenes, luzes, medidas de urgência.
Yannis Kondos
No Dialecto do Deserto
Tradução de Tatiana Faia
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