É verdade que os rios farejavam como suínos,
Foçando nas margens, até parecerem
Sons de ventre suaves em sonolentas fossas,
Que o ar estava pesado do bafo destes suínos,
O bafo de um túrgido verão, e
Pesado do retumbar dos trovões,
Que o homem que ergueu esta cabana, plantou
Este campo, e zelou por ele algum tempo,
Desconhecia os truques das imagens,
Que as horas dos seus dias áridos, indolentes,
Grotescos com este farejar nas margens,
Esta sonolência e este retumbar,
Pareciam amamentar-se da sua árida existência,
Como os rios sendo suínos se amamentavam
Correndo para o mar para as goelas do mar.
Wallace Stevens
Harmónio
Relógio d'Água, 2006.
Tradução de Jorge Fazenda Lourenço
Foçando nas margens, até parecerem
Sons de ventre suaves em sonolentas fossas,
Que o ar estava pesado do bafo destes suínos,
O bafo de um túrgido verão, e
Pesado do retumbar dos trovões,
Que o homem que ergueu esta cabana, plantou
Este campo, e zelou por ele algum tempo,
Desconhecia os truques das imagens,
Que as horas dos seus dias áridos, indolentes,
Grotescos com este farejar nas margens,
Esta sonolência e este retumbar,
Pareciam amamentar-se da sua árida existência,
Como os rios sendo suínos se amamentavam
Correndo para o mar para as goelas do mar.
Wallace Stevens
Harmónio
Relógio d'Água, 2006.
Tradução de Jorge Fazenda Lourenço
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