Por caminhos de sul, a noite adquire a tonalidade do mar.
Pressinto o hálito das manhãs claras e tenho, no sangue,
um caos incendiado, como se fora terra exposta ao sol
do meio-dia. São horas de reinventar os aromas
que me anunciam um trajecto de espanto.
Procuro a cor da noite nos teus olhos, como quem lambe
a lua, devagar. Depois, digo barco, digo mastro,
digo quilha e somos ilha propícia a navegar.
Graça Pires
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