Disse que não tenho rival.
Para ele não sou uma mulher deste Mundo,
mas um sol de Inverno que traz alegria ao mundo
e uma canção selvagem do país natal.
Quando eu morrer, não ficará triste,
quando me erga não gritará, enlouquecido: «Ressuscita?»
Mas de repente perceberá que é impossível viver
sem sol o corpo e a alma sem canção.
          E depois?



Anna Akhmátova

Poetas Russos
Relógio d'Água, 1995
Tradução de Manuel de Seabra

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