Podia ser ontem ou no verão passado,
numa dessas tardes tontas
quando eu andava a saltar dos comboios
ou a beber rum atrás desses cromos.
Mas não, deste em voltar
logo a esta hora,
quando não chove nem faz frio
e eu estou triste, já sem vontade sequer
de abrir meu sangue a ninguém.
Enfim, logo agora,
em que a onda está por terra,
eu com vontade de morrer
a qualquer preço, é quando escuto
os teus passos na erva,
e chamas, chamas... ó deus!
e eu corro a abrir-te.
Violeta C. Rangel
Tradução A.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário