Ofélia e Percival

Deveriam ter-se conhecido
em algum ponto morto da história,
nesse país de sonho, navegando
pela mente de Deus ou num poema.
Ela, cheia de flores e pela água,
ela própria uma flor extravagante
cujo aroma desterra a sensatez.
Ele contempla absorto sobre o branco
impoluto da neve como caem
as pétalas vermelhas de outra flor.



Amalia Bautista
Trípticos Espanhois-3º
Relógio D’Água, 2004
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães

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