CLITEMNESTRA
Entretanto o homem desaparece e foge para longe: os que não são meus amigos têm quem os proteja!
(Rosnido do Coro)
Realmente, tu dormes demais e não tens dó do meu sofrimento. E Orestes, o assassino da própria mãe, escapa-se...
(Grito do Coro)
Gritas, dormes: levanta-te depressa! Que mais te reserva o destino do que fazer sofrer?
(Grito do Coro)
O sono e o cansaço fizeram uma sólida conjura para esgotar a fúria do terrível dragão.
(Rosnido duplo e estridente do Coro)
CORO
Agarra, agarra, agarra, agarra! Atenção!
CLITEMNESTRA
Persegues um animal em sonhos e ladras como um cão que não larga a preocupação da sua busca. Que estás tu a fazer? Levanta-te, não te deixes vencer pela fadiga nem, amolecida pelo sonho, ignores o mal que nos fazem. Deixa que o teu fígado sinta as minhas justas censuras, que são o aguilhão dos sábios.
E sobre este homem exala o teu hálito sangrento, secando-o ao sopro de fogo que irrompe do teu ventre, segue-o, consome-o numa nova perseguição.
Entretanto o homem desaparece e foge para longe: os que não são meus amigos têm quem os proteja!
(Rosnido do Coro)
Realmente, tu dormes demais e não tens dó do meu sofrimento. E Orestes, o assassino da própria mãe, escapa-se...
(Grito do Coro)
Gritas, dormes: levanta-te depressa! Que mais te reserva o destino do que fazer sofrer?
(Grito do Coro)
O sono e o cansaço fizeram uma sólida conjura para esgotar a fúria do terrível dragão.
(Rosnido duplo e estridente do Coro)
CORO
Agarra, agarra, agarra, agarra! Atenção!
CLITEMNESTRA
Persegues um animal em sonhos e ladras como um cão que não larga a preocupação da sua busca. Que estás tu a fazer? Levanta-te, não te deixes vencer pela fadiga nem, amolecida pelo sonho, ignores o mal que nos fazem. Deixa que o teu fígado sinta as minhas justas censuras, que são o aguilhão dos sábios.
E sobre este homem exala o teu hálito sangrento, secando-o ao sopro de fogo que irrompe do teu ventre, segue-o, consome-o numa nova perseguição.
Ésquilo
Oresteia (excerto da peça)
Edições 70, 1981
Tradução do Professor Doutor Manuel de Oliveira Pulquério
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