Alguém que não eu cobra a conta
das horas felizes, das tardes
em que teve o amor como aliado,
das noites lavradas corpo a corpo.
Alguém que não eu sai de casa
e quebra os grilhões, como quem,
após cumprir com sua dor, um dia
qualquer se escapou da morte.
Esse alguém levanta
o coração para o céu;
abarca o horizonte
e escolhe seu destino,
embora no fim penetre
dentro de mim e escreva.
María Sanz
Tradução A.M.
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