Na ponta dos dedos
batem as palavras sísmicas.
E a testa abre-se profusamente
à força do nome.
Digo: aquele que escreve infunde o prodígio,
respira ao cima com a luz nos pulmões,
atravessa como se florisse nos abismos.



Jorge Melícias
A luz nos pulmões
Quasi Edições, 2000

Sem comentários: