Em memória de grigore vieru




O poeta Grigore Vieru morreu esta madrugada de paragem cardíaca, aos 73 anos, num hospital de Chisinau, capital da Moldávia, 48 horas depois de ter sofrido um grave acidente de viação, noticiou hoje a agência Rompress.

Nascido a 04 de Fevereiro de 1935, na aldeia de Pererata, no condado de Hotin, quando esse território fazia parte da Roménia, Grigore Vieru foi o poeta mais importante da República Moldava e quem mais contribuiu para a aproximação dos dois países, que partilham a língua romena.

Uma equipa de médicos romenos deslocou-se a Chisinau para socorrê-lo e o ministério da Defesa romeno pôs à sua disposição um avião que hoje deveria transportá-lo para Bucareste.

"É o poeta mais proeminente da Moldávia e grande promotor do idioma romeno. É uma grande perda para a Cultura romena deste e do outro lado do Prut (rio fronteiriço no norte da Roménia) e um grande patriota", declarou Ioan Haiduc, presidente da Academia Romena.

"Poeta essencial para o espaço moldavo e romeno, Grigore Vieru era um símbolo da luta nacional dos romenos da República da Moldávia", declarou o escritor romeno e académico Eugen Simion.

Após a sua estreia, em 1957, impôs-se em 1965 com a obra "Versos para os Leitores de Todas as Idades", ao passo que "Numele Tau" (O Teu Nome), publicado em 1968, o consagrou como o mais original poeta do país.

Entre os seus mais conhecidos livros de poemas contam-se "Mama" (1975), "Un Verde ne Vede" (Um Verde nos Vê), que lhe valeu o Prémio do Estado da Moldávia, "Steaua de Vineri" (Estrela de Sexta-feira), a antologia "Opere Alese" (Obras Escolhidas) e "Radacina de Foc" (A Raiz de Fogo).

A sua última obra é o livro de memórias "Cartea Vietii Mele" (Livro da Minha Vida), de 550 páginas.

Foi eleito membro honorífico da Academia Romena em 1990 e proposto para o Prémio Nobel da Paz em 1992.





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