Na FLOR DA TUA IDADE TAL O ORGULHO
Que a mulher imune a tenra idade
Não vem, terrena força, a castidade
Manchar-te, virgem, deste imundo entulho.
Absorto, nessa sombra da virtude
Ensombras tua mãe ( como ela bela)
E lembras o teu pai (mais belo que ela),
Donzela que ele foi, conquanto rude.
És limpa como o sol, da torre guarda-te,
De aríete protege-te, és a esperança
De todos nós, fiel desta balança
Que nada pesa (quanto pesa o céu?) .
Com graça e couro cinge os lombos, farda-te:
Por elmo a alma, por viseira o céu.



Daniel Jonas
Sonótono
Livros Cotovia, 2007

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